quinta-feira, 31 de julho de 2008

Viagem a Machu Picchu: 16/07/08 - 4º Dia

Noite de sono tranqüila, tempo agradável e muita disposição para o quarto dia de viagem. Chegamos a Santa Cruz de La Sierra por volta das 9:00 da manhã, pegamos as malas e fomos procurar um hotel para banhar e deixar a bagagem até as 16 horas, quando pegaríamos o ônibus para La Paz. Por 25 bolivianos por pessoa, ficamos no Hotel São Francisco, nas proximidades da Rodoferroviária, onde o atendimento é péssimo, não fornecem toalhas e o banho é gelado.

Aproveitamos o tempo livre e pegamos um taxi para a Praça 24 de setembro, onde fica o centro comercial de Santa Cruz e sua catedral. Taxi na Bolívia é muito barato: cerca de 2 bolivianos por pessoa (menos de 50 centavos de reais), por uma distância relativamente grande e que não sairia por menos 20 reais no Brasil. O trânsito boliviano é caótico, todos buzinam ao mesmo tempo e tem a preferência quem chega primeiro nos cruzamentos. Já dava pra ter noção do modo de vida urbano dos bolivianos.

Andei bastante no centro da cidade, olhei produtos eletrônicos, artesanato, roupas, mas acabei comprando somente alguns postais. Santa Cruz é a cidade mais cara da Bolívia, mas é bem interessante, desenvolvida e superou minhas expectativas. Almocei num restaurante chamado La Le Li Lo Lu com comida típica, simples e barata. Também aproveitei para sacar dinheiro com meu cartão de crédito internacional, que, por sinal, é a melhor forma de obtenção de dinheiro local em viagens internacionais, já que as casas de câmbio sempre ganham vários centavos na troca do Real. Compensa mesmo usar o cartão, mesmo com as taxas de saque e porcentagem cobrados pelo banco, pois o valor debitado na fatura é referente ao câmbio oficial. Cartão de débito internacional e cartão de viagem (ATM - Travel Money) também são vantajosos.

Voltei para o hotel, peguei as bagagens, tomei uma Huari (versão melhorada da Paceña, como uma Antarctica Original para os brasileiros) e fui para o local de embarque do ônibus. Viagem em ônibus simples e agradável. La Paz está chegando e lá poderei conhecer lugares legais e fazer compras. Hasta!


quarta-feira, 30 de julho de 2008

Viagem a Machu Picchu: 15/07/08 - 3º Dia

Hoje acordei cedo, tomei café e aproveitei a manhã livre para ir até Puerto Quijarro, cidade boliviana que faz fronteira com o Brasil e possui algumas feiras e shopings com produtos a preços bem acessíveis. A fronteira entre Brasil e Bolívia é mais aberta que perereca de puta: um vai-e-vem de pessoas praticamente sem controle.

Em Quijarro fiz câmbio de 30 reais por 118,50 bolivianos (1 real = 3,95 bolivianos) para utilizar na viagem de trem, já que sacarei dinheiro com meu cartão em Santa Cruz de La Sierra. Visitei algumas lojas e comprei uma blusa de frio e uma calça do São Paulo por apenas 40 reais. De volta ao hotel, tomei um banho rapidamente, almocei e parti novamente para Quijarro, de onde sairia o trem às 16 horas. Aproveitei o tempo antes de embarcar e visitei uns shopings perto da estação. Dá vontade de comprar tudo. Muitas coisas baratas, mas o que realmente compensa são somente bebidas e perfumes. Produtos eletrônicos, roupas e outros não possuem preços muito diferentes do Brasil. Fiquei só na vontade. Se sobrar grana eu compro algumas coisas na volta.

Fui para o terminal de trem e finalmente pude pegar o trem da morte. O embarque é um pouco desorganizado e tumultuado, mas a categoria Super Pullman que eu fui é simples e aconchegante. As poltronas são confortáveis e espaçosas, os vagões possuem ar condicionado, televisão e espaço grande para as bagagens, não havendo necessidade de despachar as malas. O trem da morte não passa medo e não faz mais sentido seu antigo nome. É seguro e a viagem é divertida. Há um vagão-restaurante e um vagão-lanchonete, onde se pode comprar comidas e bebidas. Durante as paradas também se pode comprar lanches de ambulantes, que às vezes até entram no trem para vender seus produtos. O melhor do trem é o primeiro contato com a cultura boliviana: muita pobreza; pessoas simples e parecidas; alguns piadistas que adoram tirar sarro dos brasileiros; espetinhos gigantes e pouco higiênicos, mas que são gostosos; vendedores que adoram enrolar os passageiros até que se esqueçam do troco; etc. A turma da excursão é bastante animada e a viagem teve violão, legalize e poker. Realmente o trem da morte é um trabalho antropológico, e divertido também. Recomendo.


terça-feira, 29 de julho de 2008

Viagem a Machu Picchu: 14/07/08 - 2º Dia

“Acorda Goiânia!” Essas foram as palavras do colega, guia turístico, organizador e motorista Gildete, por volta das 7:30 no horário de Brasília e 6:30 no estado do Mato Grosso do Sul. Paramos na lanchonete de um posto próximo à cidade de Miranda, onde tomamos um caro café da manhã. Após uns 40 minutos de parada, retomamos a estrada. Novamente se iniciou uma sessão de piadas no fundo o bus, mas dessa vez parecia interminável. Enquanto eu ouvia as piadas, pude admirar a paisagem e perceber a transição do Cerrado para o Pantanal. Começava a se tornar evidente a presença dos primeiros alagamentos e a vegetação diferente da que vemos no planalto central. Aos poucos foram se tornando comuns as terras alagadas, os tuiuiús (que nome desgraçado, heim?!), as garças e os jacarés. Realmente o pantanal é fantástico e consegue ter características únicas.

Atravessamos uma longa ponte sobre o Rio Paraguai e uma enorme área de alagamento. Sem palavras. Muito lindo. Minutos depois, chegamos à esperada cidade fronteiriça de Corumbá e fomos direto para o Hotel Santa Rita, que possui confortáveis acomodações, é bem localizado e não é caro.

Almoçamos num restaurante onde o PF bem servido com arroz, feijão, bife, macarrão, farofa e salada custava R$4,50. Nesse momento pude fazer amizade com os hilários Rafael, João Paulo, Edgar, Ulysses, Stéphannie e Antônio, ao mesmo tempo que almoçava e tomava uma Antárctica gelada. Vou procurar saber o nome do restaurante, pois não quero que ninguém cometa o mesmo erro que eu. O atendimento é péssimo, o garçom e o dono do bar quase saíram nos tapas com nosso grupo porque reclamamos que estavam cobrando um PF a mais. Depois de muita discussão e insistência, acabaram cobrando certo.

Passamos a tarde rodando a cidade. Vimos vários casarões antigos, muitos bolivianos mendigando ou vendendo badulaques, e o movimento de uma cidade em plena segunda-feira. Fomos até o porto do Rio Paraguai, donde se pode ter uma vista maravilhosa da água azul e que parece não acabar. Fiquei impressionado com a beleza do Pantanal. Após minutos sentados numa praça e jogando conversa fora, fomos até a casa-museu de uma senhora chamada Izulina, que faz esculturas fantásticas em barro, pedra e madeira. Não tem muito para se fazer em Corumbá. Viemos para o hotel descansar e banhar para nova saída em busca de um lanche legal e um boteco com cerveja gelada.

À noite, fomos para um bar e lanchonete chamado Skynão, localizado em frente à praça principal de Corumbá, onde pudemos conhecer um jovem garçom chamado Douglas que nos rendeu boas risadas e nos fez um preço bacana para os lanches. Amanhã é o dia de embarcarmos no famoso trem da morte. Vamos ver o que vira. Daqui a pouco já estaremos em Cuzco.

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Viagem a Machu Picchu: 13/07/08 - 1º Dia


Depois de muita ansiedade e dias de espera, eu, enfim, embarquei rumo a Machu Picchu. A saida estava prevista para as 14 horas, mas, como de praxe do brasileiro, acabamos saindo as 14:40 da praca civica, em Goiania. Sob o clima agradável do mês de julho, viajamos durante toda a tarde pelo interminável Goiás, até a primeira parada para um xixi e um lanche na cidade de Acreúna, por volta das 17:30. Como estava sem fome, eu aproveitei a parada para ver alguns minutos do segundo tempo de Sao Paulo e Palmeiras, que já dava indícios da vitória certa do tricolor sobre os porcos rosados.

Pegamos novamente a estrada após 20 minutos de parada. Nesse momento se iniciou uma incansável sessao de piadas no fundo do onibus, até uma nova parada para a janta num posto bizarro, por volta das 20:00. Infelizmente a cidade mais próxima estava a cerca de duas horas e às 22:00 provavelmente náo encontrariamos mais comida. Apenas uns três corajosos encararam o rango que possuía vida própria. Prefiri tomar duas cervejas e comer umas batatas que eu tinha em minha mochila.

Retomamos o longo caminho e, dessa vez, com os olhos voltados para um DVD que contava a história de Cuzco e seus atrativos turísticos até que... Ufa, foi apenas um susto. No meio do caminho havia uma vaca. Havia uma vaca no meio do caminho. Bom, pelo menos essa foi a versao do motorista. Uns falavam que o motorista havia dormido e saido da estrada, outros falavam que ele teria errado o caminho e entrado numa estrada de chao de uma vez, outros acreditavam que a vaca era só um espírito. O que importa é que estamos bem e que retomamos a viagem. Mal nos recuperamos do susto e descemos do ônibus para uma travesia de balsa num rio que nao tinha nem 30 metros de largura. Depois disso nao aconteceu nada de diferente. Todos estavam apreensivos no ônibus, até que dorminos, mesmo com todo desconforto de uma viagem longa sentatados numa cadeira. Muitas aventuras para menos de um dia de viagem, nao?


domingo, 13 de julho de 2008

Viagem à Machu Pichu: O Início

Chegou a hora… Depois de muita ansiedade eu estou prestes a iniciar mais uma jornada em minha vida. Hoje, 13 de julho, às 14 horas, partirei para Machu Picchu e, enfim, realizarei um sonho que tenho e já pretendia realizar há alguns anos, mas que foi impedido de se concretizar devido às obrigações e imprevistos da vida cotidiana. Serão quinze dias viajando pelo Brasil, Bolívia e Peru, conhecendo inúmeras belezas naturais, paisagens urbanas, novas culturas e “vivendo” um pouco mais. Talvez eu aprenda a hablar español… talvez eu volte para o Brasil sem aprender muita coisa da nossa língua-irmã. O que importa é que a caminhada está apenas começando.

O que estou levando? Melhor aguardar a volta. Assim poderei dizer o que levei e o que foi ou não útil na trip. Posso afirmar apenas que estou levando vários mapas, roteiros, informações. Quando eu chegar, vou postar detalhes sobre minha bagagem e roteiro para que possa ajudar de alguma forma as pessoas que têm o interesse de realizar um passeio pela América do Sul.

Irei escrever um diário de viagem e vou procurar postá-lo aqui no blog durante o passeio. Vou tentar postar pelo menos de dois em dois dias, colocando detalhes e fotos da viagem. Espero que possam acompanhar e comentar minha aventura.

Como já dizia Humberto Gessinger:

Mas não precisamos
Saber pra onde vamos
Nós só precisamos ir... Infinita Highway

Abraços a todos! Saudades já.

quarta-feira, 9 de julho de 2008

Nação Fast Food


No último final de semana, durante prolongados momentos de “morgação”, eu assisti um filme muito interessante, chamado Nação Fast Food. O título do filme me chamou bastante a atenção e logo criei a antecipada idéia de que se tratava de uma crítica ao principal símbolo do modo de vida norte-americano: o fast-food. Ao assistir o longa-metragem, minha idéia foi corroborada. Porém, o enredo do filme não abordava somente os restaurantes de comida rápida, mas também analisava o ritmo desenfreado de produção de grandes corporações, a presença de imigrantes ilegais nos EUA e a exploração desses como trabalhadores prontos para realizar o “serviço sujo” que qualquer estadunidense se recusaria a executar.

A trama começa com Don Anderson, diretor de Marketing de uma rede de fast-food, tentando descobrir por que a carne que sua empresa oferece aos consumidores está contaminada. Para chegar à resposta, o filme leva o espectador a um passeio pelas mazelas e contradições do capitalismo. Vemos um mundo que, na busca desenfreada pelo lucro, desrespeita a vida, a dignidade e a ética.

Além disso, o filme, produzido em 2006 e baseado no livro Fast Food Nation, de Eric Schlosser, retrata o drama pessoal de várias personagens ao mesmo tempo: imigrantes ilegais morrendo na travessia da fronteira norte-americana ou vivendo em condições subumanas de trabalho; empregados de uma corporação, responsável pela produção de hambúrgueres para redes de fast-food, enfrentando elevados níveis de acidentes de trabalho, causados pelo acelerado ritmo de produção e demanda de um sistema globalizado; empregados de umas das filiais da rede alimentícia submetidos à alienação e à vigilância constante da empresa; ativistas ambientais na luta contra os confinamentos e as práticas de abate cometidos aos animais; mulheres se prostituindo em troca de favores; pessoas consumindo drogas motivadas pela miséria... Enfim, várias temáticas são abordadas dentro do universo de Nação Fast Food.

Entretanto, o longa-metragem não se trata de um forte candidato ao Oscar ou um DVD que não pode faltar na prateleira, mas o filme é bem interessante e possui cenas comuns ao mundo capitalista e que muitas vezes não estamos acostumados a ver. A montagem do roteiro, a meu ver, deixa um pouco a desejar. Por outro lado, a crítica ambiental e social do filme é bastante eficaz e faz com que o mesmo seja um ótimo recurso para nossa reflexão. A crítica aos restaurantes de fast-food também é superficial se comparada com o filme Super Size Me, do diretor Morgan Spurlok, produzido em 2004 – filme que retrata a obesidade nos EUA com irreverência e que aponta as redes de fast-food como as principais vilãs do problema.

Não quero criar uma ideologia anti-capitalista, anárquica, ou convencer alguém de deixar de comer em restaurantes de fast-food, até mesmo porque acho que isso seria uma contradição e uma hipocrisia ao próprio mundo em que eu vivo – não sou contra os fast-foods, mas prefiro mil vezes um X-Tudo de pitdog que um Big-Mac semi-digerido e mais caro. Também não quero me passar por um ativista ambiental – eu sou contra algumas formas de confinamento e técnicas cruéis de abate de animais, mas sou carnívoro e aficionado por churrasco. Em suma, minha intenção com esse post era apenas sugerir um filme interessante e que mostra claramente o american way of life e as contradições de uma nação emergida na globalização e no desenfreado e insustentável crescimento industrial. Faça umas pipocas e bom filme.

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Machu Picchu 360 Graus

Continuando a série de postagens “empolgação Machu Picchu”, resolvi compartilhar um site muito legal que encontrei na net. Trata-se de um site com imagens em 360 graus de todos os setores do vale sagrado de Machu Picchu. Simplesmente uma aventura fantástica em que se pode conhecer toda a cidade, seus setores, suas construções e até o Wayna Picchu, aquela montanha que sempre vemos ao fundo de Machu Picchu, e tudo isso com a explicação de um guia virtual. O projeto, desenvolvido em parceria com o governo peruano, esboça um passeio pela Cidade Sagrada e nos permite conhecer um pouco mais sobre o modo de vida e as técnicas construtivas dos Incas. Para quem não terá o privilégio de conhecer Machu Picchu pessoalmente como eu, o site ajuda a suprir um pouco a curiosidade (lê-se ansiedade) de conhecer aquele lugar maravilhoso.

Visitem o site: http://www.mp360.com/index.php

Seguem alguns vídeos com imagens do Lago Titicaca, Montanha Chacaltaya, Vale De La Luna, Salar de Uyuni e Machu Picchu (com exceção de Salar de Uyuni, o restante faz parte do meu roteiro). "Hasta la vitória, siempre!"


Mochilão a Machu Picchu


Machu Picchu Parte I


Machu Picchu Parte II

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Machu Picchu: Programa de Índio?


Todos os dias eu me deparo com pessoas perguntando: Por que escolheu visitar Machu Picchu? Por que não vai para o Nordeste? Por que você não conhece o Brasil, que tem tantos lugares bonitos? Já que vai para o exterior, por que conhecer logo a Bolívia e o Peru? Não sei como tantas perguntas impertinentes me acontecem, mas para não parecer chato eu as respondo com certo grau de elegância.

Machu Picchu é, nada mais que, uma das sete maravilhas do mundo moderno, escolhida por milhões de votos em pesquisa mundial realizada pela internet no ano passado, ficando à frente até mesmo das pirâmides de Gizé, no Egito, da Estátua da Liberdade, em Nova Iorque, e da Torre Eifel, em Paris. Além disso, foi uma cidade sagrada da Civilização Inca que serviu de refúgio para imperadores e membros da nobreza inca, principalmente no século XVI, com a chegada dos espanhóis, liderados por Francisco Pizarro, em Cuzco, a antiga capital inca. O vale sagrado de Machu Picchu permaneceu praticamente intocável ate 1911, quando o arqueólogo e historiador Hiram Bingham redescobriu a região. A cidade fica a 2400 metros de altitude, em meio a Cordilheira dos Andes, e foi construída com pedras que pesam toneladas e eram provenientes de outras regiões. O fato de a cidade ter sido construída com blocos de pedras encaixados perfeitamente sem nenhum tipo de “argamassa” numa região de tão difícil acesso já impressionaria qualquer pessoa. Entretanto, o que mais impressiona é que essas construções foram realizadas há mais de cinco séculos, sem o uso de tecnologia que dispomos hoje, por um povo que detinha avançados conhecimentos em arquitetura e astronomia. Enfim, a magia e beleza proporcionadas por Machu Picchu são incomparáveis.

Conheço algumas regiões do Nordeste brasileiro e posso afirmar que realmente temos um país com inúmeras belezas e possuímos um povo com diversificadas e ricas culturas. Mas, infelizmente, possuímos um governo passivo e impotente e que não cria incentivos para o turismo interno, o que nos leva a conhecer países vizinhos a um custo mais baixo que o próprio Brasil. Conheci Porto Seguro em janeiro deste ano e gastei em 9 dias quase a mesma quantia que irei gastar em 15 dias de viagem pela Bolívia e Peru. Eu vivo no Brasil, então a facilidade para conhecer meu país é muito maior e posso fazer isso em outras ocasiões. Já o vale sagrado de Machu Picchu corre risco de ser fechado para visitação devido ao turismo desenfreado e insustentável que vem sendo realizado na região nos últimos anos. O governo peruano precisa realizar um maior controle de visitação do vale sagrado, pois há turistas irresponsáveis e que depredam a região, que além de ponto turístico é também um importante sítio arqueológico.

A Bolívia e o Peru são dois países que compõem uma multiplicidade de culturas, mas que se resumem a um só continente, um só povo: os latino-americanos. Esses dois países, especificamente, são bem pobres economicamente, mas possuem os maiores índices de mestiços do continente e têm culturas riquíssimas, além de povos altamente hospitaleiros. Os belos lugares que pretendo conhecer, como o Rio Paraguai, Montanha Chacaltaya, Vale de La Luna, Tiahuanaco, Lago Titicaca, Isla Del Sol, Machu Picchu, entre outros, impressionam qualquer um e são de uma riqueza única.

Enfim, conhecer Machu Picchu não é somente conhecer a cidade sagrada dos Incas, é a realização de um sonho, de um objetivo que traço há anos. A magnitude de Machu Picchu é algo inexplicável, o contato com culturas distintas é uma experiência ímpar, respirar os ventos gelados que correm pela Cordilheira dos Andes e desfrutar de belezas naturais é algo que não tem preço.

Espero que seja uma viagem tão magnífica quanto meus sonhos. Vou até providenciar um diário de viagem para poder trocar experiências e postar no blog depois. Por enquanto, aguardo com ansiedade. Quem quer ir comigo?

terça-feira, 1 de julho de 2008

O Retorno


Por que você, logo o Zé, resolveu criar um blog? Simplesmente porque no momento em que tive a idéia e não tinha nada pra fazer. Agora posso dividir um pouco do que penso com outras pessoas. Poxa, mas por que você parou de postar exatamente quando seus amigos começaram a entrar no blog? Porque me deu preguiça e eu já estava novamente cheio de coisas pra fazer. E depois dessa lambança toda, por que voltou a postar no blog? Porque mais uma vez estou sem nada pra fazer e também acho legal escrever neste espaço. Mas você vai abandonar o blog de novo depois de um tempo? Nossa, essas perguntas já me encheram o saco. Depois de um post chato como este será que alguém vai continuar entrando nessa merda? Não sei, talvez. Tem gente que não tem nada pra fazer como eu. E se o blog fizer sucesso e um jornal de grande circulação ou uma revista importante te chamar pra ser redator? Aí eu vou ter o que fazer. Mas se você tiver o que fazer, obviamente você vai abandonar o blog, não é? Talvez eu o abandone antes de terminar este post, porque já está ficando medonho. E se os leitores gostarem desse tipo de post e pedirem pra você continuar postando algo parecido? Então eu procuro outra coisa pra fazer.

Pois é... resolvi voltar a mexer com o blog e desta vez estou mais animado. Não vou me restringir a postar exclusivamente sobre História, Música, Educação ou Cinema. Vou procurar postar qualquer coisa que seja interessante, mesmo que seja futilidade da internet. Também vou tentar manter a freqüência nas postagens. Enfim, o espaço está aberto para sugestões e críticas. Qualquer idéia será bem vinda. Mas, por favor, comentem sempre. Abraços de urso!

"Se muito vale o já feito, mais vale o que será"
Milton Nascimento e Fernando Brant

(Vi a frase no material de divulgação da chapa Mobilização, concorrente às eleições do DCE-UFG, e achei interessante usá-la nesse momento)