domingo, 30 de setembro de 2007

Jazz em Goiânia - Marcelo Maia, Ademir Junior e Moises Alves

Para aqueles que acham que em Goiânia não rola nada de diferente, eis aqui alguns dos grandes expoentes do jazz brasileiro: o baixista Marcelo Maia (Goiânia), o saxofonista Ademir Junior (Brasília), o trompetista Moises Alves (Brasília), o baterista e o pianista que tocam com o Marcelo Maia mas eu não sei os nomes, mas também são "fudidos". Neste vídeo podemos apreciar uma música do grande saxofonista Sonny Rollins, tocado por grandes músicos do Brasil central. Esse show foi realizado em Maio no Glória, onde ótimos músicos normalmente tocam chorinho aos domingos. Para os goianienses que gostam de jazz o lugar certo é o Café Blend nas quintas e sextas, de vez em quando o Glória e o Bacalhau e Binho. Infelizmente os bares que possuem jazz ao vivo são elitizados, mas compensa quebrar o cofrinho de vez em quando e conferir alguns shows. Esporadicamente também são realizadas apresentações de jazz no Cine Ouro e no Sesc. Abraços e obrigado aos que visitam sempre meu blog.

sábado, 29 de setembro de 2007

Jazz - Dave Brubeck - Take Five

Hoje resolvi dedicar minha postagem para um clássico do jazz: o pianista Dave Brubeck. Dentre os vários artistas de jazz, este é um dos que eu mais gosto. Espero que agrade a todos. Se alguém tiver interesse em baixar músicas desse grande pianista, basta acessar o blog do Jazzman, cujo link está na parte de favoritos do meu blog. Abraços e bom restinho de final de semana a todos. José Roberto

quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Consumo sustentável


A abundância dos bens de consumo, continuamente produzidos pelo sistema industrial, é considerada, freqüentemente, um símbolo do sucesso das economias capitalistas modernas. No entanto, esta abundância passou a receber uma conotação negativa, sendo objeto de críticas que consideram o consumismo um dos principais problemas das sociedades industriais modernas.

Os bens, em todas as culturas, funcionam como manifestação concreta dos valores e da posição social de seus usuários. Na atividade de consumo se desenvolvem as identidades sociais e sentimos que pertencemos a um grupo e que fazemos parte de redes sociais. O consumo envolve também coesão social, produção e reprodução de valores. Desta forma, não é uma atividade neutra, individual e despolitizada. Ao contrário, trata-se de uma atividade que envolve a tomada de decisões políticas e morais praticamente todos os dias. Quando consumimos, de certa forma manifestamos a forma como vemos o mundo. Há, portanto, uma conexão entre valores éticos, escolhas políticas, visões sobre a natureza e comportamentos relacionados às atividades de consumo.

No entanto, com a expansão da sociedade de consumo, amplamente influenciada pelo estilo de vida norte-americano, o consumo se transformou em uma compulsão e um vício, estimulados pelas forças do mercado, da moda e da propaganda. A sociedade de consumo produz carências e desejos (materiais e simbólicos) incessantemente. Os indivíduos passam a ser reconhecidos, avaliados e julgados por aquilo que consomem, aquilo que vestem ou calçam, pelo carro e pelo telefone celular que exibem em público. O próprio indivíduo passa a se auto-avaliar pelo que tem e pelo que consome. Mas é muito difícil estabelecer o limite entre consumo e consumismo, pois a definição de necessidades básicas e supérfluas está intimamente ligada às características culturais da sociedade e do grupo a que pertencemos. O que é básico para uns pode ser supérfluo para outros e vice-versa.

A felicidade e a qualidade de vida têm sido cada vez mais associadas e reduzidas às conquistas materiais. Isto acaba levando a um ciclo vicioso, em que o indivíduo trabalha para manter e ostentar um nível de consumo, reduzindo o tempo dedicado ao lazer e a outras atividades e relações sociais. Até mesmo o tempo livre e a felicidade se tornam mercadorias que alimentam este ciclo. Em suas atividades de consumo, os indivíduos acabam agindo centrados em si mesmos, sem se preocupar com as conseqüências de suas escolhas. O cidadão é reduzido ao papel de consumidor, sendo cobrado por uma espécie de “obrigação moral e cívica de consumir”.

Mas se nossas identidades se definem também pelo consumo, poderíamos vincular o exercício da cidadania e a participação política às atividades de consumo, já que é nestas atividades que sentimos que pertencemos e que fazemos parte de redes sociais.

O consumo é o lugar onde os conflitos entre as classes, originados pela participação desigual na estrutura produtiva, ganham continuidade, através da desigualdade na distribuição e apropriação dos bens. Assim, consumir é participar de um cenário de disputas pelo que a sociedade produz e pelos modos de usá-lo. Sob certas condições, o consumo pode se tornar uma transação politizada, na medida em que incorpora a consciência das relações de classe envolvidas nas relações de produção e promove ações coletivas na esfera pública.

A idéia de um consumo sustentável, portanto, não se limita a mudanças comportamentais de consumidores individuais ou, ainda, a mudanças tecnológicas de produtos e serviços para atender a este novo nicho de mercado. Apesar disso, não deixa de enfatizar o papel dos consumidores, porém priorizando suas ações, individuais ou coletivas, enquanto práticas políticas. Neste sentido, é necessário envolver o processo de formulação e implementação de políticas públicas e o fortalecimento dos movimentos sociais.

O consumo tornou-se um lugar onde é difícil “pensar” por causa da sua subordinação às forças de mercado. Mas os consumidores não são necessariamente alienados e manipulados. Ao contrário, o consumidor também pode ser crítico, “virando o feitiço contra o feiticeiro”. O consumidor “também pensa” e pode optar por ser um cidadão ético, consciente e responsável. Podemos atuar de forma subordinada aos interesses do mercado, ou podemos ser insubmissos às regras impostas de fora, erguendo-nos como cidadãos e desafiando os mandamentos do mercado. Se o consumo pode nos levar a um desinteresse pelos problemas coletivos, pode nos levar também a novas formas de associação, de ação política, de lutas sociais e reivindicação de novos direitos

Consumir exige responsabilidade. Somente com a conscientização do indivíduo, políticas públicas sustentáveis, e ações sociais, poderemos construir um mundo mais humano e ético. Devemos impor nossas regras e não deixar que as relações de consumo prevaleçam em nossa sociedade. É necessário mudarmos rapidamente nossa forma de agir, se não quisermos ser vítimas da auto-destruição humana.

Educação Venezuelana


Chávez ameaça nacionalizar ou fechar escolas que não aceitem modelo socialista

O Globo Online. Publicada em 17/09/2007 às 19h19m

CARACAS - O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, abriu nesta segunda-feira o ano letivo 2007-2008 com uma ameaça de fechar ou nacionalizar qualquer escola privada que se negue a ensinar as linhas de seu governo socialista. Segundo ele, pais e professores devem "acabar com o modelo consumista", para que possam tornar a Venezuela uma potência mundial. A oposição diz que a reforma educacional preparada pelo governo tenta incutir uma formação ideológica socialista nas crianças.

Chávez reiterou que as escolas particulares devem subordinar-se ao novo modelo educativo ou deverão fechar as suas portas.

O modelo socialista torna a "educação libertadora, que tem como desafio trocar os valores capitalistas por valores centrados no ser humano", disse Chávez, acrescentando que a linha é focada em aprender a criar, participar e conviver, assim como a valorizar e aprender a fazer reflexões.

- A educação antiga promovia o consumismo e o desprezo de uns aos outros, além de ser repressiva - afirmou Chávez ao lembrar que seu pai fora um canhoto obrigado a escrever com a mão direita.

" Eles devem reconhecer a Constituição. Devem se subordinar à Constituição e ao sistema educacional nacional, ao sistema educacional bolivariano "


O presidente disse que nem o Estado nem a sociedade podem permitir que os colégios privados façam "o que tenham vontade", já que alguns inclusive vedam o acesso de inspetores públicos.

- Eles devem reconhecer a Constituição. Devem se subordinar à Constituição e ao sistema educacional nacional, ao sistema educacional bolivariano. Quem não quiser terá de fechar sua escola - disse Chávez na cerimônia escolar de início do ano letivo. Chávez citou Alemanha e Estados Unidos como exemplos de países onde as escolas privadas acatam as diretrizes do governo.

Detalhes do currículo bolivariano de ensino ainda não foram divulgados pelo Ministério da Educação. Segundo o socialista, o modelo foi elaborado por especialistas venezuelanos e não por cubanos, como a oposição venezuelana chegou a dizer anteriormente.

O novo sistema educacional será implementado "ao longo do ano, com a participação de professores, pais, alunos, e a comunidade em geral", afirmou o chefe de Estado.

quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Marketing ou Crise de Identidade?

No último domingo, 23 de setembro, fiz prova do concurso público para professor da prefeitura de Goiânia. A redação tinha como proposta um tema bem confuso: A linguagem na construção das identidades e das diferenças. Não sei se minha redação se encaixa muito dentro do tema, até porque fazia anos que não realizava uma redação com temática predefinida, mas pelo menos me serviu de inspiração para escrever um artigo sobre a Identidade do presidente Lula.

Marketing ou Crise de Identidade?

É impossível não admitirmos que as nossas paixões individuais são determinadas pela cultura da sociedade na qual estamos inseridos. Assim, devemos considerar que nosso próprio discurso emerge da atmosfera social, conforme já dizia Mikhail Bakhtin. Esta proposta pode ser observada claramente na identidade do nosso presidente da república.

Durante a década de 1980, a sociedade brasileira estava mergulhada em um ambiente de transição de um período militar e conservador para um ambiente democrático. Àquela época, as palavras de Luiz Inácio Lula da Silva o descreviam como um trabalhador revolucionário que reivindicava melhores condições de trabalho para os brasileiros, vítimas do descaso público com a classe operária e da crise econômica do país.

Após alguns anos e algumas eleições perdidas, podemos identificar uma mudança radical no discurso lulista. Conforme Marilena Chauí, poderíamos chamar essa mudança retórica do Lula de “despolitização da fala presidencial”, dotada de uma máscara discursiva que nega sua capacidade de pensamento e de linguagem. Entretanto, essa despolitização somente foi possível graças às transformações das relações sociais de produção no Brasil, ou seja, uma mudança expressiva nas esferas econômica, política e social.

Dessa forma, podemos observar que a linguagem utilizada pelo presidente Lula em seus discursos representa, nada mais, que uma mudança de sua identidade política, proporcionada pela transformação cultural do Brasil do século XXI em relação à sociedade brasileira da década de 1970 e 1980.

Podemos dizer que a lógica mercadológica atingida pelo elevado estágio de desenvolvimento capitalista do Brasil é o principal objeto de “mutação” da sociedade. Portanto, torna-se evidente a presença de elementos destoantes na fala presidencial, corroborando a ótica subversiva da cultura capitalista. Além disso, é cada vez mais comum observarmos o marketing político colocando palavras na boca do presidente. Ou seria crise de identidade?



Boas vindas!

Boas vindas! Acabo de inaugurar este espaço para a postagens de coisas bacanas. Na medida do possível, procurarei postar artigos próprios, mas também postarei reportagens, textos, vídeos, músicas e outras coisas interessantes encontradas na internet. Espero contar com a colaboração (comentários) e visita de vocês. Vamos transformar este blog em um espaço para debate e para coisas legais. Se alguém se interessar em me ajudar com o blog, deixe um comentário com seu email que eu entro em contato. Abraços!!!