A van chegou, guardamos nossa bagagem e fomos para o hotel. Como chegamos antes do previsto, o pessoal do hotel nos acomodou temporariamente em alguns quartos até as 10 horas, quando os hóspedes desocupariam os quartos que estavam reservados para nós. A primeira coisa que fiz ao chegar foi tentar dormir um pouco, mas o pessoal da excursão fez muito barulho no pátio e o quarto que eu estava era muito frio. Apenas cochilei. Como a tentativa de dormir tinha sido frustrada, eu acabei levantando umas 9 e pouco, levei as coisas para o outro quarto, que já havia sido desocupado, e fui dar uma volta pela cidade.
Na companhia do Edigar e do Nelsinho, fui direto para a Plaza de Armas, que fica bem perto do hotel. Pelo pouco que eu tinha andado eu já fiquei maravilhado com Cusco: a cidade é muito bonita, organizada, e me causou bons momentos de nostalgia. A Praça de Armas estava bem cheia, pois estava prestes a iniciar um desfile cívico, comum aos domingos. O desfile era realizado por vários grupos da cidade: exército peruano, mulheres de funcionários de alta patente do exército, crianças, alunos de escolas cusquenhas, etc. Além de muito bonito, o desfile demonstrava o elevado grau de patriotismo dos peruanos, o que me deixou, de certa forma, envergonhado pela falta de amor à pátria da maioria dos brasileiros. Durante a cerimônia dominical, os peruanos cantavam o hino nacional com muito mais vigor que os brasileiros no 7 de setembro ou em época de copa do mundo.
Andamos pela praça, assistimos ao desfile, tiramos fotos, sacamos uma grana e voltamos para o Hotel Machu Picchu, que por sinal é o melhor até agora e possui até internet para os hóspedes. Tomei um banho, arrumei minhas coisas e fui almoçar no restaurante em frente. Cardápio: Pollo com Papas fritas y ensalada. Paguei 6 soles por uma comida muito gostosa, sendo dois pedaços gigantes de frango, um prato cheio de batatas e salada à vontade com uns molhos muito bons.
Após o almoço, fui até uns mercados de artesanato procurar lembrancinhas e pinturas cusquenhas para comprar. A maioria dos mercados fica na Av. El Sol, abaixo dos Correios. O principal mercado fica no fim dessa avenida (considerando a Praça de Armas como início), em frente a um grande chafariz, onde se pode encontrar artesanato de todo tipo e bem mais barato que nas proximidades da Plaza de Armas. O mais divertido dessas andanças pelos mercados foi o bate-papo com os vendedores sobre assuntos desde futebol até geografia brasileira. A maioria das pessoas em Cusco são super hospitaleiras e educadas.
Durante o passeio pelos mercados, encontrei somente uma banca que vendia pinturas cusquenhas, mas infelizmente o dono tinha dado uma saidinha e não tinha retornado até a hora em que fui embora. Alguns peruanos tinham me informado que eu encontraria pinturas somente em San Blas, que fica acima da Praça de Armas. No caminho, tinha uma grande praça gramada onde várias pessoas aproveitavam a tarde para descansar e conversar. A praça tinha algumas pedras que possivelmente eram utilizadas em rituais incas, uma fonte inca (aproveitei para encher minha garrafa d’água) e ao lado ficava a Igreja de Santo Domingo erguida sobre o Koricancha (maior e mais impactante templo do sol do império Tahuantinsuyo que, segundo alguns cronistas, possuía as paredes de seu interior recobertas com lâminas de ouro).
Cheguei à Praça de Armas e logo de cara encontrei um pessoal da excursão que estava na parte superior de um bar dando notas para os brasileiros que passavam por ali. Realmente uma comédia. Como eu não queria desperdiçar a oportunidade de olhar os quadros, dei somente um alô para o pessoal e segui até o bairro de San Blas. Passei por ruas tipicamente cusquenhas, vi alguns muros incas e tirei fotos da famosa pedra de 12 ângulos. Em San Blas encontrei galerias e ateliês com pinturas belíssimas, mas um pouco caras. Pesquisei preços e resolvi voltar no dia seguinte com mais calma, para poder comprar quadros bonitos e com preço mais baixo. Eu já estava cansado de andar.
Voltando para a praça, passei num supermercado e comprei uma Cerveza Cusquenha, que é muito gostosa e mais encorpada que a Paceña boliviana. Fui até o bar onde estavam os colegas da excursão, mas o bar era caro e muita gente já tinha ido embora, então acabei antecipando a volta para o hotel.
Lá pelas 20 horas eu voltei para a Praça de Armas pesquisei preços de passeios para Machu Picchu, para o Vale Sagrado e para as ruínas no entorno de Cusco. O organizador da excursão, Alex, tinha conseguido o passeio para Machu Picchu por 80 dólares, incluindo: transporte, sendo a maior parte de van e uma parte de trem; hospedagem em águas calientes, com jantar e café da manhã; e deslocamento ida e volta até a entrada do parque. Eu não encontrei preço mais baixo, até porque a maioria dos pacotes incluía a entrada no parque, que já estava inclusa na minha excursão.
Quando foi umas 21 horas, eu acho, fui conhecer as famosas boates de Cusco. Primeiramente fui até a Mama África, onde encontraria todo o pessoal da excursão. No horário que cheguei à boate não estava muito cheia, mas foi enchendo à medida que foi ficando tarde. O ambiente é bem legal, dá gente de todo canto do mundo, sendo a maioria brasileira, mas não achei a Mama África tão imperdível como ouvi dizer. Lá pelo menos eu tomava uma cerveja e ganhava outra. Depois de um bom tempo, quando quase todo o pessoal da excursão estava reunido, resolvemos conhecer outras boates. Fomos em mais três boates, onde davam uma cuba libre de brinde, mas duas estavam bem vazias. A vantagem das boates e que não cobram entrada e ainda dão um drink de graça. Assim, nós ficávamos zanzando de boate em boate só para ganhar bebidas. A última que nós fomos, chamada Mithology, foi a melhorzinha em minha opinião, pois tava bem cheia, tinha um ambiente bacana e músicas mais agradáveis. Este último quesito, aliás, é algo que os cusquenhos não têm muita noção: está tocando uma música eletrônica e eles já mudam pra um axé daqueles do cd Axé Bahia 98, depois colocam forró, em seguida um rock 80’s. Não há uma seqüência definida de ritmos nas boates e rola mais música (dependendo do ponto de vista, não pode ser chamado de música) brasileira que qualquer outra coisa. Eu esperava mais das boates cusquenhas...
Depois de muitos drinks eu resolvi voltar para o hotel e descansar. No caminho ainda parei para comer numa rede de fast-food peruana, chamada Bembos, onde, apesar de ser padronizada como todas as redes de comida rápida, o sanduíche era muito gostoso e bem grande. De volta ao hotel, assisti um pouco de televisão e fui dormir. Dormir em Cusco... Parece mais um sonho. Poxa, muito legal essa cidade. Amanhã espero curtir mais. Buenas Noches.
7 comentários:
Arequipaaa....kkk ja entrou no araguaia shopping pelo lado de tras?? Brasilia, Brasilia, Brasilia...kkkkkkkkk como se as pessoas so viajassem pra BSB...kkkkk mas vcs hein? ir de boate em boate pra garantir o alcool...tststs... ate agora o que vc escreveu...deu pra viajar com vc viu??vc descreve os momentos e os lugares e faz um par perfeito com as fotos....ta de parabens!! bjim =**
cara, lah tudo vem com batata neh? parece que o povo soh come frango com batata. E o treco da santa luzia lah, eh que imagina cara....uma mulher com os globulos oculares em um PRATO. Muito thrash isso cara. Quase capa de cd do Mayhem.
hahahaaha
dah vontade de ir pra bolivia e pro peru soh pra tomar cerveja cara...se fala numa vontade que incita o paladar.
hahahaha
vai atualizar esse trem mais nao ou?
José Roberto
Idade: 23
Sexo: Masculino
Signo astrológico: Leão
haha..assumiu sua leoninidade!!iahiaah
Beijos no coraçao!!
Beijos no coraçao!!
Cusco!!!!! Simplesmente a melhor parte!!!! Ja ate sonhei com ela depois dessa viagem. Muito boa!!! Deixou muuuitas saudades!!!
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