
Tomei o desayuno (sem graça e sem opções, pra variar) e fui até a Calle Eloy Salmon, onde encontraria produtos eletrônicos. Eu queria comprar um cartão de memória para meu celular e olhar preços de câmeras e filmadoras. No caminho, passei por várias ruas onde não circulavam carros e imperavam os camelôs. Uma diversidade de produtos e cores em meio a inúmeras pessoas que passavam pela região. Bancas onde se preparavam alimentos sem a menor condição de higiene também faziam parte do cenário.
Ao chegar à rua dos eletrônicos, grande parte das lojas ainda estavam fechadas. Diferentemente do Brasil, as lojas na Bolívia não têm horário fixo para abrir e fechar. O comércio geralmente abre às 9:00, fecha para o almoço e para um cochilo dos funcionários (é um hábito comum da população), e encerra suas atividades entre 19 e 20:00. O horário não é seguido à risca, podendo haver lojas que abrem após as 9:00 e que fecham mais tarde também. Enquanto aguardava, tomei um taxi e fui até a Plaza Murillo conhecer a catedral, o palácio do Evo Morales e a sede administrativa do governo boliviano.
A praça Murillo é muito bonita e possui diversos pontos histórico-culturais para conhecer, além de inúmeras palomas (pombos). Conheci um museu de arte que possuía pinturas cusquenhas belíssimas, onde aproveitei para comprar postais com fotos de algumas telas. Perto da praça também fui no Shoping Norte, onde comprei uma mochila da Rebook por 200 bolivianos na loja da Fair Play (aproximadamente R$45, e que não sairia por menos de R$140 no Brasil), já que a minha estava toda rasgada, e uma jaqueta de couro para meu pai por 300 bolivianos (aproximadamente R$68). Queria ter comprado um tênis também, mas nenhum dos modelos que gostei tinha meu número.
Já eram 11 horas, o pessoal da excursão deveria se encontrar no hotel meio dia e eu ainda não havia olhado os eletrônicos. Peguei um taxi de volta para a Calle Eloy Salmon, olhei muitas coisas, mas acabei não comprando nada. Celulares e câmeras digitais menos sofisticadas possuem ótimos preços, mas o cartão de memória que eu precisava era mais caro que no Brasil e as filmadoras eram pouco abaixo do preço brasileiro.
De volta ao hotel, arrumei rapidamente minhas coisas e almocei no restaurante do Hotel Condeza. Comida sofisticada e não tão gostosa, além de ser mais cara que em outros lugares. Fora o péssimo atendimento. Fomos para a rodoviária, onde o ônibus para Copacabana nos esperava.
A estrada é repleta de paisagens belas. Quando vi o Lago Titicaca pela primeira vez até achei que fosse o mar, devido sua grande extensão: são 8549km², distribuídos em 204km de comprimento por 65km de largura. A parte mais emocionante da viagem foi a travessia de balsa no Estreito de Tiquina, que é feita numa balsa de madeira que mal cabe o próprio ônibus e os passageiros atravessam em pequenas embarcações que cabem umas 20 pessoas. Parece que o ônibus vai cair na água.
Pouco tempo depois da balsa, chegamos a Copacabana, por volta das 17:30. Fomos direto para o Hotel Mirador, que possui ótimos quartos, café da manhã de sempre e uma vista privilegiada do lago. Assisti o pôr-do-sol no lago diretamente da janela do meu quarto. Sem dúvida foi um dos mais bonitos que eu já vi. Desci e fiquei conversando com o Ulysses e a Stéphannie na praia por alguns minutos, até que o crepúsculo desaparecesse e a noite chegasse.
Mais tarde, após o banho, fui para um barzinho muito legal, decorado com abajures de papel, paredes e quiosques de totora (espécie de capim aquático comum no Lago Titicaca) e quadros feitos de lã de llama. Ambiente agradável, som bacana, comida gostosa e barata. O dinheiro na Bolívia rende pra caramba! Ainda passei numa pub onde alguns meninos da excursão iam tocar, mas o lugar era impossível de se respirar devido ao cigarro e eu já estava com sono. Amanhã iremos conhecer a Isla Del Sol, que é a maior ilha do lago e possui algumas ruínas. Boa noite e até amanhã.
3 comentários:
Nossa Ze estou adorando ler suas aventuras,rsrsrs,que lindo o lago pareçe um mar mesmo....bjos.
Como e bom lembrar de tudo isso!!!
imagina o Dr.Bactéria (Roberto Figueiredo) na Bolívia? Ele teria que ir envolto em uma bolha que neim no filme Jimmy Bolha...o que nao mata engorda...rsrsrs
Nossa que lago perfeito...putz parece que o onibus ta afundando...kkkk as fotos continuam lindas... =***
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